CIA. DEBORAH COLKER - CÃO SEM PLUMAS

14/06/2018   -   Quinta-feira às 20:00 h   -   Dança   -   75 min.   -   Livre
Uberlândia   -   (NÃO UTILIZAR) Teatro Municipal de Uberlândia   -   Av. Rondon Pacheco, 7070
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Atenção!


Sessão com ingressos esgotados.

Descrição

Tipos de Ingressos

Cartão Petrobras e Força de Trabalho: Para funcionários com Cracha Petrobrás e 1 acompanhante!
A comprovação deverá ser feita com o cracha do funcionário na entrada do evento. (cracha conforme foto explicativa)
Meia: Estudantes, e pessoas mais de 60 anos

“A realização e produção do evento é de inteira responsabilidade da empresa produtora/realizadora, sendo a MegaBilheteria.com apenas intermediadora da venda dos ingressos!”


Sinopse:

Deborah Colker faz em Cão sem plumas, baseado no poema homônimo de João Cabral de Melo Neto (1920-1999), seu primeiro espetáculo de temática explicitamente brasileira. A estreia internacional aconteceu em 3 de junho de 2017, no Teatro Guararapes, em Recife. A Cia. Deborah Colker conta com o patrocínio da Petrobras desde 1995.
Publicado em 1950, o poema acompanha o percurso do rio Capibaribe, que corta boa parte do estado de Pernambuco. Mostra a pobreza da população ribeirinha, o descaso das elites, a vida no mangue, de “força invencível e anônima”. A imagem do “cão sem plumas” serve para o rio e para as pessoas que vivem no seu entorno.

“O espetáculo é sobre coisas inconcebíveis, que não deveriam ser permitidas. É contra a ignorância humana.

Destruir a natureza, as crianças, o que é cheio de vida”, diz Deborah.

A dança se mistura com o cinema. Cenas de um filme realizado por Deborah e pelo pernambucano Cláudio Assis – diretor de longas-metragens como Amarelo Manga, Febre do Rato e Big Jato – são projetadas no fundo do palco e dialogam com os corpos dos 13 bailarinos. As imagens foram registradas em novembro de 2016, quando coreógrafa, cineasta e toda a companhia viajaram durante 24 dias do limite entre sertão e agreste até Recife. A jornada também foi documentada pelo fotógrafo Cafi, nascido em Pernambuco. Na trilha sonora original estão mais dois pernambucanos: Jorge Dü Peixe, da banda Nação Zumbi e um dos expoentes do movimento mangue beat, e Lirinha (ex-cantor do Cordel do Fogo Encantado, poeta e ator), além do carioca Berna Ceppas, que acompanha Deborah desde o trabalho de estreia, Vulcão (1994). Outros antigos parceiros estão em cenografia e direção de arte (Gringo Cardia) e na iluminação (Jorginho de Carvalho). Os figurinos são de Claudia Kopke. A direção executiva é de João Elias, fundador da companhia.

Os bailarinos se cobrem de lama, alusão às paisagens que o poema descreve, e seus passos evocam os caranguejos. O animal que vive no mangue está nas ideias do geógrafo Josué de Castro (1908-1973), autor de Geografia da fome e Homens e caranguejos, e do cantor e compositor Chico Science (1966-1997), principal nome do mangue beat. O movimento mesclava regional e universal, tradição e tecnologia. Como Deborah faz.

Para construir um bicho-homem, conceito que é base de toda a coreografia, a artista não se baseou apenas em manifestações que são fortes em Pernambuco, como maracatu e coco. Também se valeu de samba, jongo, kuduro e outras danças populares.

“Minha história é uma história de misturas”, afirma ela.

Tendo a Petrobras como mantenedora desde 1995, seu grupo se firmou como fenômeno pop em Velox (1995), Rota (1997) e Casa (1999). Os espetáculos Nó (2005), Cruel (2008), Tatyana (2011) e Belle (2014) trataram de temas existenciais, como os afetos. Em Cão sem plumas, Deborah reúne aspectos de toda a sua carreira.

“Cabem a elegância do clássico, a lama das raízes e o olhar contemporâneo. O nome disso é João Cabral”, diz ela.

Reconhecida internacionalmente, Deborah recebeu em 2001 o Laurence Olivier Award na categoria Oustanding Achievement in Dance (realização mais notável em dança no mundo). Em 2009, criou um espetáculo para o Cirque de Soleil: Ovo. Em 2016, foi a diretora de movimento da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro

João Cabral vivia em Barcelona, como diplomata, quando leu numa revista que a expectativa de vida no Recife era menor do que na Índia. A notícia foi o impulso para fazer O cão sem plumas. Publicou em 1953 O rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à cidade do Recife e, três anos depois, sua obra mais conhecida, Morte e vida severina. Sua poesia, das mais importantes do Brasil, é marcada pelo rigor e pela rejeição a sentimentalismos.

 

Criação, Coreografia e Direção: DEBORAH COLKER

Direção Executiva: JOÃO ELIAS

Direção Cinematográfica e Dramaturgia: CLAUDIO ASSIS

Direção de Arte e Cenografia: GRINGO CARDIA

Direção Musical: JORGE DÜ PEIXE e BERNA CEPPAS participação especial LIRINHA

Desenho de Luz: JORGINHO DE CARVALHO

Figurinos: CLÁUDIA KOPKE

Fotos

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